Vou postar uma série de reportagens falando de ciúmes. O motivo é que vejo em alguns amigos e conhecidos uma necessidade viciante de manter esse "ativo" em seus relacionamentos, e no geral sempre com consequências nada agradáveis. Espero que gostem e que ajude a manter um relacionamento mais saudavél, seja ele qual for. Grande BjO.
Lidar com uma pessoa ciumenta pode ser desgastante. Ainda mais quando
chega ao ponto de a pessoa “fuçar” seu celular ou e-mail em busca de
algo comprometedor – na maioria das vezes, inexistentes. Mas como
driblar esse ciúme? E, no caso de ser uma pessoa ciumenta, como
controlar esse sentimento?
Em primeiro lugar, os dois lados têm de saber que o parceiro ciumento
não está passando por uma fase passageira, e que é só ignorar
determinadas atitudes e dar tempo ao tempo que as coisas vão melhorar. É
o que explica o psicólogo Thiago Almeida, especialista no tratamento
das dificuldades do relacionamento amoroso.
“Logo que houver alguma situação que você não gostar ou se sentir
invadido, pare para conversar e explicar seus sentimentos”, recomenda.
Até porque, continua, o ciumento tende a achar que suas atitudes são
para preservar a relação. Uma dica: assim que sentir aquela vontade
incontrolável de fuxicar as coisas do seu parceiro, respire fundo e faça
outra coisa.
A contadora Tatiane Cristina dos Santos, de 30 anos, reconhece que o
ciúme atrapalha sua vida. “Sou muito ciumenta. Quando vejo, já fiz algo.
E sempre me arrependo depois”, afirma. Ela pretende, em breve, dar um
passo além para acabar de uma vez por todas com seus ataques de ciúmes:
“Penso em fazer um tratamento, não é bom ser assim."
Ajuda contra ciúme
A terapia pode ser o único recurso para alguns ciumentos, segundo
explica a psicóloga, pesquisadora e escritora Olga Tessari, autora do
livro "Dirija Sua Vida Sem Medo - Caminhos para Solucionar os Seus
Problemas". “Chega o momento em que ele mesmo busca ajuda, quando
percebe que está afastando de si todas as pessoas que se preocupam com
ele”, conta. Mas o mais comum é o outro lado pressioná-lo a procurar
tratamento.
“Há casos em que somente conversar não resolve. A terapia é a melhor
forma de a pessoa acordar e ver que pode tentar ser melhor”, explica.
Olga teve um paciente cuja esposa pediu o divórcio após não suportar o
ciúme do parceiro. “Ele tentava mudar, e até contava na agenda quantos
dias ficava bom: 20. Depois, voltava tudo”, afirma.
Nas sessões, a psicóloga conta que busca aumentar a autoestima do
paciente e fazê-lo lidar com alguma mágoa passada que tenha forjado essa
característica na personalidade dele. Ela trabalha com a abordagem
comportamental cognitiva, focada no problema. Por isso, conversa para
descobrir por que ele age de tal forma.
“A gente pede para o paciente listar aquilo que gosta de fazer, e
contrastar com o que faz no dia a dia. Geralmente, ele percebe que muito
do que faz diz respeito ao que o outro gosta”, afirma. “Mostro que ele
tem que se amar em primeiro lugar, para depois amar alguém”, conclui a
especialista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário